Terminei de Ler: O Toque da Vampira

O Toque da Vampira

Páginas: 328

Autora: Christine Woodward

Editora: Novo Século em parceria com Marvel Comics

Anna Marie é uma garota estranha. Ela se veste... de maneira diferente: coberta dos pés à cabeça, sendo seu rosto a única pele à mostra. Mas ela não tem escolha. Sua pele, seu toque, é uma arma mortal que deve ser escondida. Um acidente leva Anne Marie a fugir para o Mississippi. Lá ela conhece James, e tudo muda. Ele é simplesmente igual a ela: solitário, e também em fuga.Para escapar da misteriosa e perigosa família de James, a dupla põe o pé na estrada e, à medida que atravessam o país, passam a compartilhar seus passados repletos de segredos. Uma interessante faceta da Vampira, e de como seus poderes a levam para um caminho que eu jamais teria imaginado. 

Atenção: Alguns spoilers abaixo! 

O livro conta a história de Anna Marie, a famosa mutante Vampira, membro dos X-Men. Nele descobrimos um pouco sobre o passado dela antes de entrar para o grupo de mutantes, através de flashbacks descobrimos sobre o momento em que seus poderes se manifestaram, o que foi uma sequência muito triste, principalmente, quando ela resolve fazer um teste.

Este momento ocorre com um vizinho dela, Cody, e depois do ocorrido Anna resolve fugir e no caminho conhece James, um cara estranho, porém muito gentil e legal. Ele tbm está fugindo e por isso os 2 fogem juntos.

Com o passar do tempo vamos conhecendo mais sobre esse cara, Anna verdade ele vem ri futuro, tem um nome impronunciável, então Anna Marie resolve chamar ele de Touch (pois seria o equivalente ao significado do nome dele).

Quando descobrimos que Touch é do futuro, descobrimos tbm o que aconteceu com o mundo, com o passar do tempo os mares aumentaram de tamanho, deixando pouca terra e o tempo mais calorento. Descobrimos que uns 500 anos antes de Touch nascer, o mundo era governado por 3 famílias MUITO ricas, o resto trabalhavam para eles, porém, depois de um tempo eles se rebelaram, e formaram uma utopia em que todos tinham tudo o que todos tinham, não existia desigualdade, mas como sempre, alguns não queriam isso, e queriam voltar aos tempos antigos.

Os personagens são interessantes demais, Vampira é muito fofa, e achei bem legal conhecemos o ponto de vista dela no momento em que usa os poderes, gostei de saber um pouco sobre o que se passa na cabeça dela, como é viver com varias 'pessoas' dentro dela mesma (que foi o que pareceu, afinal além das habilidades, parece que ela pega concelhos de quem encosta). 

O único outro personagem que convivemos mais é James. James ou Touch é uma amor, adorei o personagem, porém quase fiquei com raiva dele no final.

Os outros personagens aparecem super pouco (tirando os que 'vivem' na cabeça dela), então não tenho nada a falar deles.

A história é boa, e em muitas partes enxerguei belas criticas ao nosso mundo, a escrita tbm, ela é bastante fluída e bem 'jovem' (digo escrita para um publico mais jovem, o que para mim não tem problemas), porém achei que o livro contém algumas situações ridículas e que são tomadas só para o andamento da história, como a Vampira ser obrigada a roubar a padaria que trabalhou, sendo que ela tinha tickets alimentação, e sendo assim isso serviu para fazer ela fugir de onde estava.

O final não me agradou muito, pois o achei corrido e muito em aberto e não temos uma ligação com os X-Men, que achei meio paia, mas o livro é muito bom.

OBS: A edição é boa, a capa, não sei o que falar dela, AMO vermelho, mas não curto capas com pessoas, porém é bonitinha, as folhas são boas e amarelas, porém achei que faltou uma revisão da editora, achei muitas trocas de nomes, palavras repetidas.


Nota: 4/5 ou 8/10

QUOTES

 "... Existem certas coisas que as pessoas simplesmente não conseguem suportar."

"Eu não tinha dinheiro pra comprar nada da Maybelline's, mesmo. E não era do tipo que perdia tempo sonhando com o que não podia ter. Essa era uma das manias que eu tinha pegado de Cody..."

"O que leva uma pessoa a sobreviver quando ela não tem mais nada pelo que viver?"

"...Daqui a 10000 anos, o mundo seria formado basicamente por água. Faria muito, muito calor. E as pessoas que sobrassem, os tatata-e-daí-em-diante-tataranetos das pessoas de hoje, conseguiriam criar, ao menos a partir dum determinado ponto, um mundo bem melhor do que aquele que tínhamos conseguido destruir.

Mas olha só que novidade: os caras maus, os canalhas, continuavam resistindo. Suas ambições perversas e insaciáveis seguiam ameaçando destruir tudo de novo. Os caras desse tipo que viviam em Arcádia queriam retornar a um mundo governado só pelos ricos, onde se apropriariam de tudo que deveria ser coletivo e compartilhado. Do mesmo jeitinho como nosso próprio mundo é hoje e como, aliás, acabaria destruindo a si mesmo sem deixar nada pra trás capas de alertar o futuro..."

"... Ficamos ali sentados, quietos por um tempo, e pensei sobre como a natureza humana nunca mudaria. Nem mesmo em Arcádia. Uma imagem diferente do Planeta Terra vinha se formando na minha cabeça, e eu já não estava mais pensando nele como um amontoado de diferentes mares e blocos de terra, mas um único oceano gigantesco. Na verdade, a terra não passava disso mesmo, um oceano em ascensão, e todo e qualquer solo ainda intacto era passageiro. Não importava de fato o que tinha sido feito do nosso mundo, mesmo que eu soubesse que estávamos a caminho de sermos mergulhados embaixo d'água. Até mesmo no mundo de Touch... Era uma questão de tempo até que o nível do oceano resolvesse subir um pouco mais e condenar todo mundo de uma vez. Pode até parecer deprimente, mas, pra ser bem sincera, aquilo tudo me confortava, porque afinal eu estava ali sentada, quietinha, só esperando pra morrer, e se desistir de mundos inteiros não importava tanto assim..."

"Touch estendeu sua mão enluvada e pegou a minha. Apertou com força de verdade, quase até esmagar meus ossos, como se aquela pressão toda pudesse compensar a ausência de pelo sobre pele. Mal tínhamos comido ou bebido ou visto a luz do sol nos últimos dias. Não tínhamos dinheiro, não havia comida, não havia mais nada, apensas as roupas que vestíamos. Mas tínhamos um ao outro. E aí, naquele exato momento, isso fez com que nos sentíssemos as pessoas mais ricas de todo este maldito mundo..."

 "... Cuidado, Vampira. essa é a unica coisa mais importante. Cuidado enquanto você estiver aqui. Cuidado quando você estiver lá... Me escuda. Existe apenas um mundo pra você."

"... Senti um calafrio passando por todo o meu corpo. Daí tentei me convencer de que não importava se o futuro era essa confusão toda. O presente, afinal, era tão ferrado quanto. Talvez seja isso o que Cody tenha tentado dizer quando falou que só havia um mundo pra mim. Porque, no fim, esse meu mundo de agora e o mundo do amanhã de Touch não passam do mesmo lugar."

"... As pessoas que moravam naquela casa não podiam ser sorridentes o tempo inteiro, por todos os dias das suas vidas. Não importa o quanto as coisas pareçam ser perfeitas e maravilhosas e belas, temos sempre que contar com a possibilidade de que a tristeza um dia venha a desabar feito tempestade sobre nossas cabeças, de uma hora pra outra."

"... E, quanto às perguntas, eu sabia de mais uma coisinha. Que, quando alguém lhe dá o maior e mais sensacional presente que jamais recebeu em toda a sua vida, a única coisa que você não deve fazer é abrir a boca para pedir algo mais."