O post de hoje é um desabafo pessoal, mas tenho certeza que muitos outros leitores também já passaram por isso. Sabe quando aquela série de livros perfeita começa a ser publicada e você não vê a hora de cada continuação ser lançada? Depois que leu o primeiro volume procurou todas as informações disponíveis sobre a autora e o enredo dos próximos livros e até mandou e-mail para a editora perguntando quando sairia a continuação? Pois é.. E se a editora te informasse que não vai mais publicar os livros daquele autor porque os direitos de publicação foram comprados por outra editora?..
O que você faria? mandaria um e-mail para a outra editora pedindo pra ela publicar logo os livros seguintes? pediria pra ela devolver os direitos para a editora que começou a publicar aquela coleção no Brasil? ficaria desesperado porque agora sua coleção ficará ~estranha~ com a marca de duas editoras aparecendo na lombada? ou começaria a contar suas moedinhas, já que terá que gastar mais dinheiro para comprar a republicação pela editora que comprou os direitos?
As opções são muitas e cada um reagiria de um modo diferente ao receber essa notícia, mas o fato é que cada vez que isso acontece acaba causando um transtorno aos leitores mais 'detalhistas' com relação aos seus livros e digo isso por experiência própria.
Recentemente fiquei sabendo que os livros da série Outlander, de Diana Gabaldon, que até então estavam sendo publicados pela editora Saída de Emergência, começariam a ser publicados no Brasil pela editora Arqueiro. É possível que isso se deva ao grande sucesso que a série de TV inspirada nos livros alcançou, o que acabou despertando o interesse de uma grande editora brasileira, e de certa forma isso foi bom, pois os livros começaram a ser publicados em uma velocidade maior do que antes. Como até o momento já foram escritos 8 livros, e a partir do terceiro eles estão sendo publicados em duas partes, vai demorar um tempo razoável até toda a coleção ser publicada (há rumores de que a Arqueiro preveu a publicação de "uma parte" de cada livro por semestre). A parte ruim, pelo menos para mim, é que os 2 primeiros volumes terão o símbolo da Saída de Emergência na lombada e os seguintes da Editora Arqueiro.
Porém, o símbolo da editora não é nada quando comparado a uma total mudança de identidade visual da série, como aconteceu com a série de livros de Lucinda Riley, As Sete Irmãs. O primeiro volume foi publicado no Brasil pela Novo Conceito em 2014 e apresentava uma mulher de costas na capa, em uma espécie de jardim. Em 2015 a Arqueiro publicou o segundo volume, mas manteve em parte o estilho da capa. Outra mulher aparecia de costas, mas em um cenário muito mais clean. Porém, ao verificar os lançamentos de agosto, qual não foi a minha surpresa quando percebi que os dois primeiros volumes seriam republicados pela Arqueiro juntamente com o terceiro livro. Isso mesmo: além de republicar o primeiro livro lançado por outra editora, também o segundo volume foi republicado, ambos com alterações significativas no estilo da capa.
O que está em questão nesse caso não é nem o símbolo da editora que aparece na capa, mas toda a identidade visual de uma coleção que, pelo menos no meu caso, foi iniciada logo em seu lançamento, e agora caímos no dilema: adquirir os primeiros livros novamente, somente para ter toda a coleção com o mesmo estilo de capas ou continuar a coleção assim mesmo, afinal de contas o que importa é o conteúdo? Independentemente da resposta, não posso deixar de pensar que essa foi uma jogada da editora para vender mais alguns livros. Se já estava nos plano alterar a capa, porque não o fizeram logo que os direitos foram adquiridos e antes de publicar o segundo livro? E se não estava nos planos, porque fazer isso agora? (Particularmente eu gostava mais do estilo anterior das capas).
Compreendo que o mercado editorial tem suas reviravoltas e de certa forma é até justo que quem oferecer a melhor proposta tenha o direito de publicar os livros, mas também defendo que deveria haver alguma espécie de contrato de fidelidade, para que séries que começaram a ser publicadas por uma editora, terminem de ser publicadas por ela, ou que não haja alterações substanciais na arte das capas, ou ainda, que a editora que adquiriu os direitos de uma coleção já iniciada tenha a obrigação de fornecer jackets/sobrecapas para os livros anteriores seguindo o estilo dos novos livros, visando manter a estética em nossas estantes. Um bom exemplo de como isso funcionaria foi dado pela editora Novo Conceito há algum tempo atrás, quando forneceu sobrecapas/jackets com a arte das capas de Estilhaça-me e Liberta-me com a arte semelhante á do terceiro livro que estava sendo publicado na época. Bastava os leitores cadastrarem-se no site e solicitarem as sobrecapas para usar nos livros que já tinham com a capa antiga.Tudo bem que foi apenas uma ação temporária e que muitos leitores só descobriram quando já havia esgotado o prazo, mas pelo menos houve essa chance, o que é uma iniciativa louvável (pessoas com TOC agradecem).
E você, o que acha dessa mudança de identidade visual no decorrer da publicação de uma série? conhece outros exemplos de livros que tiveram a editora ou a capa alteradas antes da conclusão da série?
O que você faria? mandaria um e-mail para a outra editora pedindo pra ela publicar logo os livros seguintes? pediria pra ela devolver os direitos para a editora que começou a publicar aquela coleção no Brasil? ficaria desesperado porque agora sua coleção ficará ~estranha~ com a marca de duas editoras aparecendo na lombada? ou começaria a contar suas moedinhas, já que terá que gastar mais dinheiro para comprar a republicação pela editora que comprou os direitos?
As opções são muitas e cada um reagiria de um modo diferente ao receber essa notícia, mas o fato é que cada vez que isso acontece acaba causando um transtorno aos leitores mais 'detalhistas' com relação aos seus livros e digo isso por experiência própria.
Porém, o símbolo da editora não é nada quando comparado a uma total mudança de identidade visual da série, como aconteceu com a série de livros de Lucinda Riley, As Sete Irmãs. O primeiro volume foi publicado no Brasil pela Novo Conceito em 2014 e apresentava uma mulher de costas na capa, em uma espécie de jardim. Em 2015 a Arqueiro publicou o segundo volume, mas manteve em parte o estilho da capa. Outra mulher aparecia de costas, mas em um cenário muito mais clean. Porém, ao verificar os lançamentos de agosto, qual não foi a minha surpresa quando percebi que os dois primeiros volumes seriam republicados pela Arqueiro juntamente com o terceiro livro. Isso mesmo: além de republicar o primeiro livro lançado por outra editora, também o segundo volume foi republicado, ambos com alterações significativas no estilo da capa.
E você, o que acha dessa mudança de identidade visual no decorrer da publicação de uma série? conhece outros exemplos de livros que tiveram a editora ou a capa alteradas antes da conclusão da série?
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Deixe seu comentário!