Terminei de Ler: O Dragão de Gelo

O Dragão de Gelo 
Autor: George R. R. Martin
Editora: Leya 
Páginas: 128
Capa dura
Dimensões: 23,2 x 15,8 x 1,2 cm
Peso: 322 gramas
O dragão de gelo era uma criatura lendária e temida, pois nenhum homem jamais havia domado um. Quando sobrevoava o mundo, deixava um rastro de frio desolador e terras congeladas. Mas Adara não tinha medo. Pois Adara era uma criança do inverno, nascida durante o frio mais intenso de que alguém tinha memória. Adara não se lembrava de quando viu o dragão de gelo pela primeira vez. Parecia que a criatura sempre estivera em sua vida, avistada de longe enquanto ela brincava na neve gelada durante muito tempo depois de as outras crianças terem fugido do frio. Aos quatro anos ela o tocou, e aos cinco montou no dorso imenso e gelado do dragão pela primeira vez. Então, aos sete anos, em um dia calmo de verão, dragões de fogo vindos do norte desceram sobre a fazenda pacífica que era o lar de Adara. E apenas uma criança do inverno e o dragão de gelo que a amava poderiam salvar o seu mundo da completa destruição.
O dragão de gelo marca a muito esperada estreia na literatura infantil de George R. R. Martin, o premiado autor da série As Crônicas de Gelo e Fogo, e se passa no mesmo mundo. Com ilustrações fantásticas do aclamado artista Luis Royo, O dragão de gelo é uma história inesquecível de coragem, amor e sacrifício, escrita por um dos autores de fantasia mais celebrados de todos os tempos.
A encantadora história de Martin é repleta de paixão e poder uma aventura emocionante com toda a precisão narrativa que seria de se esperar desse premiado autor. January Magazine
O dragão de gelo transborda com a magia e a beleza da prosa rica Martin. [] Leitores de todas as idades ficarão encantados com a narrativa fantástica desta história atemporal de heróis e dragões, da força de uma família e do amadurecimento de uma garotinha muito especial. É um excelente livro para se compartilhar. VOYA
Martin vai além do esperado para nos trazer uma extraordinária história infantil. Imperdível para todos os fãs de Martin, este é um bom livro para qualquer pessoa que adore o inverno e dragões.


Continuando o de Game Of Thrones, faltam 5 dias!
No post de hoje, trago para vocês a resenha de O Dragão de Gelo, conto de George RR Martin, para quem quer conhecer esse livro maravilhoso, olhem o De Olho No Livro dele, pois ele tem varias ilustrações.
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O conto, conta a história de Adara, uma menininha do inverno, nascida em um dos piores invernos que o mundo já viu, inverno esse que matou sua mãe, e por isso infelizmente seu pai a culpa, mas Adara não liga para isso, ela só liga para uma coisa: O magnífico Dragão de Gelo, que só aparece no inverno, por isso, Adara, ama essa estação.
Adara é uma garota diferente dos demais, não se incomoda com o inverno, the cold never bothered me anyway, e enquanto as outras crianças fogem do ar livre quando o frio está severo, Adara procura um lugarzinho especial para criar castelos de neve, e foi assim, aos 4 anos de idade, que Adara viu o belíssimo dragão de gelo em solo pela primeira vez.
E com isso Adara, se torna muito próxima do dragão de gelo e nele voa muitas e muitas vezes. 


O mundo está em guerra, guerra travada entre o rei (sem nome) com seus cavaleiros de dragões contra os invasores de qualquer lugar não especificado, que também tem cavaleiros de dragões.
Hal, tio de Adara, é um desses cavaleiros de dragões do Rei, e vem visitar seu irmão, John, e seus sobrinhos; Adara e seus irmãos, todo verão, mas numa breve visita, os irmãos brigam, pois os invasores estão cada dia mais fortes e conquistando mais terras e Hal quer que o irmão se mude do norte.
Com essa guerra chegando ao norte, algumas pessoas vão para o sul, mas John não é uma delas, e num terrível acidente, ele perde o irmão, que tinha ido o visitar e pedir para se mudar de novo.
John também pediu ao irmão cavaleiro do dragão, antes do mesmo morrer, que levasse seus sobrinhos, mas seu dragão estava machucado e ele concordou em levar somente Adara, mas a garota desesperada por deixar seu dragão de gelo, fugiu e à noite fez um pedido, querendo ele de volta, e mesmo não estando no inverno, o dragão atente o pedido e vai ajudar.
Mas não estamos no inverno, estamos? E dragões de gelos são criaturas do inverno, então o que será que irá acontecer com o dragão e Adara? E a família? E o Reino, irá conseguir derrotar os invasores?


Adara é a personagem principal do conto, ela é uma garotinha fria que não chora nunca, mas que apesar de isso tudo, ainda tem amor e bondade, ela mostra isso com os largadinhos de gelo, e também com o dragão de gelo.
Ao final do conto ela passa por uma mudança brusca, mudança essa que vai definir todo o seu futuro.
Não tem com eu não gostar de Adara, que é uma garota maravilhosa.
O dragão de gelo é uma criatura magnífica, e eu secretamente queria ter um que nem Adara o teve.


O livro também possuí outros personagens, como os familiares de Adara, e desses tenho que destacar apenas o pai dela, ele se mostra não se importa e não gostar da menina, mas no fundo, John, ama sua filha.
A escrita de Martin em O Dragão de Gelo é maravilhosa demais, com esta história ele mostra o quão bom escritor é, escritor esse que vai de uma leitura mais pesada, para uma mais light, que é o tipo de leitura de o Dragão de Gelo.
O livro tem uma leitura bem leve e rápida de ser lida, questões de umas duas horas apenas, porém ele possuiu uma história muito cativante.
Para quem não sabe o conto, faz parte do universo de As Crônicas de Gelo e Fogo, mas ele não é uma continuação ou prequel, ele é um conto dentro do mundo que Martin criou, na série de livros ficamos sabendo dele pela velha ama de Bran e também por outros personagens que o citam, tais como Jon Snow.
O mundo desse conto também tem algumas similaridades com o de Westeros, mas é poucas, porquê no conto não sabemos muita coisa do mundo que Adara vive.
Mas o Dragão de Gelo é só um conto, apesar de muitos fãs (tenho que confessar, eu inclusive, afinal sou otário demais) acreditarem que pode haver um dragão de gelo dentro da Muralha.

QUOTES

"Adara gostava do inverno mais do que tudo, pois quando o mundo esfriava, o dragão de gelo aparecia.Ela nunca teve muita certeza se era o frio que trazia o dragão de gelo ou o dragão de gelo que trazia o frio."

"Os sorrisos de Adara eram de uma reserva secreta, e ela os gastava apenas no inverno. Mal podia esperar que seu aniversário chegasse, e, com ele, o frio. Pois no inverno ela era uma criança especial."

“... Diziam também que o frio havia entrado em Adara no útero, que sua pelo era azul-clara e gelada ao toque quando nasceu e que jamais havia se esquecido após todos esses anos. O inverso a tocara, deixara sua marca e tomara a garota para si.”

“... De vez em quando ele também abraçava Adara, mas somente durante os longos invernos. Porém, nessas ocasiões não havia sorrisos. Ele apenas passava os braços ao redor dela e apertava o pequeno corpo contra o seu com toda sua força, soluçava profundamente e lágrimas grandes e molhadas escorriam por sua bochechas vermelhas. O pai nunca a abraçava durante os verões...”
“Apesar da boa índole do tio, Adara não gostava de Hal. Quando ele estava lá, significava que o inverno estava distante.”

“- Uma coisinha séria – disse Hal. – Você precisa ser mais gentil com ela, John. Não pode pôr culpa nela pelo que aconteceu.
- Não posso? – perguntou o pai, a voz arrastada por causa do vinho. – Não, acho que não. Mas é difícil. Ela se parece com Beth, mas não possui nem um pouco do calor dela. O inverno está nela, você sabe. Sempre que a toco sinto o frio e me lembro que foi por ela que Beth teve de morrer.
- Você a trata com frieza. Não a ama como ama os outros.
- Amá-la? Ah, Hal. Eu a amo mais do que tudo, minha filhinha do inverno. Mas ela nunca retribuiu esse amor. Não há nada nela para mim, ou para você, ou para qualquer um de nós. É uma garotinha tão fria. – E então ele começou a chorar, mesmo sendo verão e Hal estando ali ao seu lado...”

“Adara encontrava um lugar secreto no canto mais afastado dos campos, um lugar diferente a casa inverso, e lá construía um castelo alto e branco, alisando a neve com as mãozinhas sem luvas, moldando-a em torres e ameias, como aquelas no castelo do rei na cidade, sobre as quais Hal costumava falar... E, geralmente, no inverno, ocorria um degelo breve e um congelamento repentino, fazendo com que, da noite para o dia, o seu castelo de neve se transformasse em gelo, tão duro e resistente quando ela imagina que eram os castelos de verdade...”

“Seus castelos de inverno raramente ficavam vazios. Com a primeira geada do ano, os lagartos de gelo saíam serpenteando das tocas e os campos ficavam tomados pelas criaturinhas azuis, correndo de um lado para o outro...
Assim, os castelos que ela esguia estavam repletos de reis e cortesãos todo o inverno; criaturinhas peludas que vinham da floresta, pássaros invernais com plumagem branca e centenas e mais centenas de lagartos de gelo que se contorciam e se debatiam, frios, ligeiros e gordos...”

“... Adara gostava mais dos lagartos de gelo do que de qualquer um dos animais que a família já tivera ao longo dos anos.
Porém, era o dragão de gelo que ela amava.”

“Não sabia quando o vira pela 1ª vez. Para ela, era como se ele sempre tivesse feito parte de sua vida, uma visão que ocorria no auge do inverso, cortando o eu gélido com asas serenas e azuis. Dragões de gelo eram raros, mesmo naquela época, e sempre que um era avistado todas as crianças apontavam e ficavam espantadas, enquanto os mais velhos murmuravam e sacudiam a cabeça.”

“Quando dragões de gelo apareciam sobre a face da Terra, era sinal de um inverno longo e severo. Um dragão de gelo fora avistado voando contra a lua na noite em que Adara nascera, diziam as pessoas, e fora visto a cada inverso desde então.”

“O dragão de gelo soprava a morte no mundo. Morte, quietude e frio. Mas Adara não tinha medo. Ela era uma criança do inverno, e o dragão de gelo era seu segredo.”

“Ela o vira no céu milhares de vezes. E quando tinha quatro anos, ela o viu no solo.
Adara estava construindo seu castelo de neve e o dragão apareceu, pousando perto dela, na vastidão dos campos cobertos de neve... Adara simplesmente ficou no mesmo lugar. O dragão de gelo olhou para ela por 10 longas batidas de coração, antes de tornar a levantar vôo. O vento uivou ao redor da garota enquanto o dragão batia as assas para se elevar, mas Adara sentiu-se estranhamente radiante.”

“Ele regressou mais tarde naquele inverno, e Adara o tocou. A pele do dragão era muito fria. A garota tirou as luvas mesmo assim... De alguma forma, Adara sabia que o dragão de gelo era muito mais sensível ao calor, até mesmo mais sensível que os lagartos de gelo. Mas ela era especial, a criança do inverno, fria. Ela o acariciou e, por fim, deu um beijo em sua asa, fazendo seus lábios doerem. Era o inverno do seu quarto aniversário, o ano em que ela tocou o dragão de gelo.”

“O inverno do seu quinto aniversário foi o ano em que ela cavalgou o dragão de gelo pela primeira vez...
Sobrevoaram a fazenda de seu pai, e ela avistou Geoff bem pequeno lá embaixo, sobressaltado e com medo, e soube que o garoto não podia vê-la...
Sobrevoaram a estalagem da encruzilhada, de onde várias pessoas saíram para vê-los passar.
Sobrevoaram a floresta, toda branca, verde e silenciosa.
Voaram alto no céu, tão alto que Adara não conseguia sequer ver o chão lá embaixo...
Voaram a maior parte do dia, e, finalmente o dragão descreveu um grande círculo no céu e desceu em uma espiral, planando com suas asas rígidas e cintilantes.”

“- Você perdeu a coisa toda – disse ele. – Apareceu um dragão de gelo que assustou todo mundo. O pai achou que ele tinha comido você.
Adara sorriu para si mesma na escuridão, mas nada disse.”

“A garota voou no dragão de gelo mais quatro vezes naquele inverno e em todas os invernos depois daquele. A cada ano ela voava mais e com maior freqüência do que no ano anterior, e o dragão de gelo era visto mais seguidamente no céu acima de sua fazenda.”

“... Porém, o último cavaleiro estava atrás deles agora, o inimigo de armadura completa sobre o dragão cujas escamas eram do castanho da ferrugem. Adara gritou e nesse momento o fogo envolveu a asa do dragão de gelo. O fogo desapareceu de imediato, mas a asa desapareceu com ele, derretida, destruída.
A asa remanescente do dragão de gelo batia frenética para retardar a queda, mas a criatura veio ao chão com um estrondo terrível. Suas pernas se quebraram sob o corpo, e a asa quebrou em dois lugares.  ... O dragão de gelo parecia muito pequeno agora, muito quebrado. O longo pescoço afundou cansado no solo, e a cabeça pousou entre o trigo.
O dragão de gelo ergueu dolorosamente a cabeça mais uma vez e emitiu o único som que Adara já o ouviu emitir: um terrível grito agudo cheio de melancolia, como o som que o vento norte faz quando se move ao redor das torres e ameias do castelo branco que permanece vazio na terra de sempre-inverno.
Quando o grito se dissipou o dragão de gelo enviou friou ao mundo pela última vez...”

“Adara não sabia o que fazer, mas encontrou Teri, cujas lagrimas a essa altura já haviam secado, e elas soltaram Geoff, e então desamarraram o seu pai... Quando ele abriu os olhos e viu Adara, sorriu. Ela o abraçou com muita força e chorou por ele.
...
A família de Adara não fez perguntas na ocasião... Contudo, mais tarde, quando estavam a salvo no sul, surgiram perguntas intermináveis. Adara lhes respondeu da melhor forma que conseguiu. Porém, nenhum deles jamais acreditou nela, exceto Geoff, e ele deixou isso de lado quando ficou mais velho. Ela tinha apenas sete anos, afinal de contas, e não compreendia que dragões de gelo nunca são vistos no verão e não podem ser domados os cavalgados.
Além disso, quando deixaram a casa aquela noite, não havia dragão de gelo para ser visto. Apenas os imensos corpos sombrios de 3 dragões de guerra e os corpos menores de 3 cavaleiros de dragçoes, vestidos de negro e laranja. E um lago que nunca estivera lá antes, um lago pequeno e calmo, suja água era muito gelada...”


Nota: 5/5 + fav

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