Terminei de ler: Quando os Céus Conspiram

Quando os Céus Conspiram
Autora: Chirlei Wandekoken
Páginas: 96
Formato: eBook Kindle
Editora: Pedrazul

Ela sabia fazer sexo, mas ele ensinou-a a fazer amor!
Inspirado na história real de Charlotte Hayes (século XVII), uma linda cortesã de um bordel londrino conhecido como “convento”, Quando os Céus Conspiram narra as histórias de Amy Hayes e o conde Filippo Raspail. 
A linda camponesa escapara de ser estuprada por lorde Patchetts para dois anos depois ser violentada pelo filho bêbado de um fazendeiro. Desonrada, ela se muda para Londres em busca de trabalho. Mas Amy era bonita demais para ser empregada de uma dama. Ninguém queria aquela ameaça em sua casa. Restara a ela, portanto, A Casa das Damas, um conhecido bordel londrino que mantinha carruagem e criados de libré para suas damas da noite que eram ensinadas a se portarem como educadas ladies. Quando o visconde de Beauchamp, um dos lordes mais terríveis de Londres, tornara-se seu protetor, Amy caíra em total desgraça. Obrigada a ir com ele para Paris, num esquema de traição à Coroa Britânica, ela é salva por um cavalheiro quando tentava se matar no rio Sena. 
Filippo Raspail era um nobre que, como Amy Hayes, tivera um passado tremendamente infeliz. Tudo que ele queria era cumprir seus dias na terra para finalmente encontrar sua amada Juillet no outro lado do desconhecido. Morta há mais de 20 anos, ele se enterrava com ela, pois a amargura o consumia dia após dia. Quando os céus conspiraram a favor deles, Amy, que odiava todos os homens, tivera que aprender que nem todos eles eram bestas, como ela os chamava, e Raspail que a vida podia não ser tão lúgubre assim.
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Consideravelmente mais simples do que Comprada por um Lorde, neste livro temos apenas uma trama central, sem nenhuma história secundária. 

Acompanhamos a história de Amy Hayes e Fillipo Raspail. Ela, uma ex-cortesã que tenta desesperadamente por um fim à sua desgraçada vida aos 22 anos e ele um rico conde na casa dos 40 que não sentia a alegria de viver desde que foi separado de seu primeiro amor.

Amy Hayes estava determinada. Após ser estuprada, rejeitada e vendida por seu próprio pai para uma casa de prostituição, ela sofreu horrores nas mãos de muitos homens até conseguir fugir, e agora a única coisa que ela quer é se ver livre de todo o sofrimento, nem que para isso tenha que abrir mão de sua própria vida. Mas o destino tem outros planos reservados para ela, e por duas vezes quando tenta acabar com tudo, é salva por Filippo Raspail. Amy odeia todos os homens e Filippo não conseguiu amar nenhuma mulher desde Julliet, agora seus corações tem uma nova chance de serem felizes, mas antes de se entregarem precisarão compreender que isso é possível.

Esse livro é uma ótima pedida para quem gosta de romances de época e quer algo rápido de ser lido. Como não há histórias secundárias, o foco fica apenas em Amy e Raspail. O lapso temporal do início ao fim do livro também é curto. Os protagonistas são devidamente construídos e apresentados, inclusive como eram suas vidas antes de nós os conhecermos, porém os demais personagens que aparecem durante a história deixam muito a desejar, particularmente, eu gostaria de saber mais sobre  Madeleine e Fernand.

Infelizmente, assim como em Comprada por um Lorde, percebe-se uma inconstância na escrita da autora, ora buscando um formalismo típico de romances de época, ora utilizando um vocabulário e até estilo próprio de romances contemporâneos. Não tenho problema com nenhum desses estilos, desde que sejam em livros separados, pois da forma como os percebi nesse livro, tive a impressão que a autora necessita de mais maturidade e experiência para definir um estilo próprio. Apesar disso o livro é bom e recomendo sua leitura antes de Comprada por um Lorde, pois apesar de não interferir na compreensão da história, em Quando os céus Conspiram há uma pequena apresentação de outros personagens em comum.

Notas: Capa 4/5; Ideia 3,5/5; Personagens 3,5/5; Desenvolvimento 4/5, Conclusão 4/5; Revisão 4/5

QUOTES
“Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio”

(...)Chegara a conclusão de que em casos de morte esta não aceita doação, pois quer ter o poder da escolha. Maldita!

(...)Mas ele sabia que sob aquela casca de agressividade havia ternura – era apenas a defesa do animal que já fora ferido inúmeras vezes(...)


(...)lamentar uma dor do passado, no presente, era criar outra dor e sofrer novamente.

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