Exorcismo
Autora: Thomas B. Allen
Tradutor: Eduardo Alves
Páginas: 272
Dimensões: 16 x 23 cm
Editora: DarkSide Books
Limited Edition (capa dura)
Se a ficção consegue ser tão assustadora, imagine o poder contido na história real? Muitos não sabem, mas a obra-prima de W. Peter Blatty, O Exorcista, não se trata de uma invenção. Ela foi inspirada num fenômeno ainda mais sombrio, desses que a ciência não consegue explicar: um exorcismo de verdade.
A história real aconteceu em 1949, e você pode conhecê-la — se tiver coragem! — no livro EXORCISMO, do jornalista Thomas B. Allen, lançamento da DarkSide Books em 2016. Exorcismo narra em detalhes os fatos que aconteceram com Robert Mannheim, um jovem norte-americano de 14 anos que gostava de brincar com sua tábua ouija, presente que ganhou de uma tia que achava ser possível se comunicar com os mortos.
Thomas B. Allen contou com uma santa contribuição para a pesquisa do seu trabalho. Ele teve acesso ao diário de um padre jesuíta que auxiliou o exorcista Bowdern. Como resultado, seu livro é considerado o mais completo relato de um exorcismo pela Igreja Católica desde a Idade Média. Os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren definiram a obra de Thomas B. Allen como “um documento fascinante e imparcial sobre a lluta diária entre o bem e o mal”.
Comprei esse livro na pré venda, e confesso que, se ele não estivesse com um preço super bom eu não teria comprado, pois estava com um certo 'medinho' de ler. Quando ele chegou, há alguns meses, fiquei adiando a leitura até tomar coragem não ter mais jeito, e finalmente li, especialmente para a Dark Season.
Autora: Thomas B. Allen
Tradutor: Eduardo Alves
Páginas: 272
Dimensões: 16 x 23 cm
Editora: DarkSide Books
Limited Edition (capa dura)
Se a ficção consegue ser tão assustadora, imagine o poder contido na história real? Muitos não sabem, mas a obra-prima de W. Peter Blatty, O Exorcista, não se trata de uma invenção. Ela foi inspirada num fenômeno ainda mais sombrio, desses que a ciência não consegue explicar: um exorcismo de verdade.
A história real aconteceu em 1949, e você pode conhecê-la — se tiver coragem! — no livro EXORCISMO, do jornalista Thomas B. Allen, lançamento da DarkSide Books em 2016. Exorcismo narra em detalhes os fatos que aconteceram com Robert Mannheim, um jovem norte-americano de 14 anos que gostava de brincar com sua tábua ouija, presente que ganhou de uma tia que achava ser possível se comunicar com os mortos.
Thomas B. Allen contou com uma santa contribuição para a pesquisa do seu trabalho. Ele teve acesso ao diário de um padre jesuíta que auxiliou o exorcista Bowdern. Como resultado, seu livro é considerado o mais completo relato de um exorcismo pela Igreja Católica desde a Idade Média. Os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren definiram a obra de Thomas B. Allen como “um documento fascinante e imparcial sobre a lluta diária entre o bem e o mal”.
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Logo no início temos uma breve 'apresentação do tema'. O autor explica que essa história aconteceu realmente, que um livro intitulado O Exorcista foi escrito com base nesses fatos, e que posteriormente foi feito um filme que arrastou multidões aos cinemas e muitas pessoas chegavam a passar mal nas sessões. Também diz que esse livro é o retrato mais fiel dos fatos ocorridos em 1949, mantendo inclusive algumas localizações e nomes de pessoas inalterados, tendo apenas preservado a identidade da família. Além disso, ele explica como conseguiu as informações que utilizou para escrever esse livro, e de como uma cópia do diário original chegou às suas mãos.
"Meus próprios pensamentos", o padre escreveu para Blatty, "eram que muita coisa boa poderia ter advindo disso, se o caso tivesse sido divulgado e as pessoas viessem a perceber que a presença e a atividade do diabo são coisas muito reais..."
pg. 182
Exorcismo relata o período pelo qual Robert Mannheim, um garoto de 14 anos, foi afligido por um mal misterioso. Os pais de Robbie eram luteranos, seus avós eram católicos e sua tia Harriet era espiritista, tendo inclusive apresentado o Tabuleiro Ouija a Robbie, que o encarou como um jogo de tabuleiro qualquer.
"Ela o ensinou a colocar os dedos de leve sobre a planchette, uma plataforma que se movia sobre pequenos roletes através da superfície de madeira polida do tabuleiro Ouija."
pg. 16
"Ela o ensinou a colocar os dedos de leve sobre a planchette, uma plataforma que se movia sobre pequenos roletes através da superfície de madeira polida do tabuleiro Ouija."
pg. 16
Cerca de 10 dias antes de tia Harriet morrer, os Mannheim começaram a ouvir barulhos estranhos em sua casa, que a princípio parecia com um bicho arranhando as tábuas do chão e o colchão do quarto de Robbie. Alguns dias depois, objetos moviam-se sozinhos misteriosamente, e com o passar dos dias, a intensidade das manifestações só aumentava. Até chegar ao ponto que a família Mannhein decidiu pedir ajuda e foram consultados psicólogos, psiquiatras, padres luteranos e até padres católicos, mesmo essa não sendo a religião dos Mannhein. Tudo isso na tentativa de aliviar o fardo que Robbie estava carregando, já que, a essa altura, as manifestações misteriosas estavam aparecendo até no corpo do garoto, em forma de arranhões que pareciam surgir de dentro para fora na pele.
"Os arranhões e as batidas na casa de Robbie, em Maryland, teriam sido sinais do estágio de infestação. Os arranhões no corpo do garoto, que Bishop ainda não tinha visto com os próprios olhos indicavam obsessão. O que ainda não surgira eram indicações do terceiro estágio: a possessão em si(...)"
pg. 59
O estilo de narrativa é direto e objetivo. Na verdade, trata-se de uma espécie de "reconstituição" do que teria ocorrido em 1949 e, portanto, o texto se ateve aos fatos que o autor tomou conhecimento através do diário do padre Bishop e de relatos de testemunhas. O texto é narrado em 3ª pessoa, e totalmente isento de sentimentos por parte do narrador. Além disso, alguns parágrafos são constituídos apenas daquilo que poderíamos chamar de 'informações técnicas', principalmente com relação à formação e atuação dos padres baseado em seu 'cargo' dentro da igreja católica, e apesar de no início essas informações parecerem relevantes e interessantes, chega um momento em que nos damos conta que elas estão procrastinando a narrativa dos fatos supostamente reais, o que deixou o livro todo com um ritmo meio lento. Além disso, como o autor não criou a história, apenas a reescreveu baseado nas informações que coletou, os capítulos não terminam sempre com bons ganchos para engatarmos na leitura do seguinte. Podemos parar a leitura a qualquer momento, pois não ficaremos necessariamente curiosos para saber o que acontecerá em seguida.
"Um exorcista tem que tocar o mal, respirá-lo, se concentrar nele. Um padre se vê como um ser vivo trabalhando ao lado de Deus para agir contra o diabo, um exorcista penetra nas sombras profundas e tateantes do mal. Quando ele aparece, os demônios focam o mal nele."
pg.83
Eu realmente esperava muito do livro. Mesmo tendo visto apenas algumas cenas isoladas do filme O Exorcista, sabendo que o livro Exorcismo contaria a história real que inspirou o filme eu depositei todas as minhas fichas nele. Tanto é que fiz o possível para começar a lê-lo em uma manhã bem ensolarada, quando na verdade eu geralmente leio apenas a noite. Mas, ao final do segundo dia de leitura, já bem no finalzinho do livro eu ainda estava me perguntando o que estava errado. Talvez o erro tenha sido meu por esperar demais. Talvez a divulgação tenha me levado a esperar outra coisa. O fato é que o livro não atendeu as minhas expectativas, não me deu muito medo, não me deixou com um frio na espinha, nem me fez ouvir barulhos a noite. Eu apenas li todo o livro, incluindo o diário das últimas páginas e... ok, aceitei-o.
"Será que demônios de fato possuíram Robbie? Ou será que a crença religiosa mascarou um fenômeno psiquiátrico?"
pg. 192
É incrível como um livro que tinha tudo para ser aterrorizante consegue se tornar chato. Ou melhor, cansativo. São tantas explicações sobre os diferentes segmentos do catolicismo, luteranismo, espiritualismo, o que padres podem ou não podem fazer, qual a hierarquia da igreja, quem é submisso a quem, quais são os rituais e até o que cada religião pensa sobre alguns fatos, que, de tanto os fenômenos que estavam acontecendo com Robbie saírem de cena, eles acabaram por perder um pouco de sua intensidade, e isso ocorreu em diversos momentos do livro. Particularmente acredito que se não houvessem tantas 'interferências' no relato nesse sentido, a história "compactada" causaria muito mais medo e apreensão.
"Um irmão costumava trabalhar por volta de oito horas e passava a mesma quantidade de tempo por dia em oração ou meditação, quatro horas de manhã e quatro horas de tarde."
"Será que demônios de fato possuíram Robbie? Ou será que a crença religiosa mascarou um fenômeno psiquiátrico?"
pg. 192
É incrível como um livro que tinha tudo para ser aterrorizante consegue se tornar chato. Ou melhor, cansativo. São tantas explicações sobre os diferentes segmentos do catolicismo, luteranismo, espiritualismo, o que padres podem ou não podem fazer, qual a hierarquia da igreja, quem é submisso a quem, quais são os rituais e até o que cada religião pensa sobre alguns fatos, que, de tanto os fenômenos que estavam acontecendo com Robbie saírem de cena, eles acabaram por perder um pouco de sua intensidade, e isso ocorreu em diversos momentos do livro. Particularmente acredito que se não houvessem tantas 'interferências' no relato nesse sentido, a história "compactada" causaria muito mais medo e apreensão.
"Um irmão costumava trabalhar por volta de oito horas e passava a mesma quantidade de tempo por dia em oração ou meditação, quatro horas de manhã e quatro horas de tarde."
pg. 158
Até mesmo o diário nas páginas finais acaba ficando chato depois de lermos ele praticamente inteiro no decorrer do livro. Geralmente mais explicado, mas em alguns momentos tão conciso quanto o diário, a descrição dos dias turbulentos vividos por Robbie e testemunhados por diversas pessoas não nos desperta empatia, medo, raiva ou qualquer outro sentimento pelos personagens. A narrativa é feita de forma tão fria pelo narrador, que na maioria dos momentos ele sequer passa a impressão de que a família de Robbie estava atormentada com os fatos que estavam ocorrendo. Assim como nós falamos: "Acabou o leite, vou ao mercado comprar mais" os pais de Robbie diriam " Esse garoto está possuído, vou chamar um padre pra exorcizá-lo".
"Quando enfim abriu os olhos, o garoto parecia suspenso entre dois estados de consciência. Seus pais não tinham nomes para esses estados, mas alguns especialistas em possessão tinham. Eles os chamavam de crise e de calmaria."
Ao longo da leitura nos 'conformamos' que o livro não traz uma história de terror sobrenatural como podemos imaginar à primeira vista, mas sim uma espécie de documentário sobre um processo de exorcismo ocorrido de verdade. Como o processo de exorcismo é longo e demorado, além de ter uma certa burocracia para ser iniciado, o livro acaba por absorver algumas dessas características, e apesar de alguns fatos mais marcantes, principalmente no início, em geral a leitura desenvolve-se de forma lenta e progressiva. Apesar de ser vendido "apenas" como uma história de terror e possessão, é importante lembrarmos que esse livro foi escrito para ser um retrato tão fiel quanto possível dos acontecimentos reais, e, portanto, seu objetivo não é só causar medo, mas servir como registro de um fato, antes que os detalhes se percam pelo tempo. Se vamos acreditar que tudo aconteceu realmente ou foi apenas mais uma história criada para nos impressionar, fica a nosso critério.
"Encontrar o mal fora de uma estrutura religiosa põe à prova a mente racional, sobretudo na era da psiquiatria."
pg. 193
Adquirindo seu exemplar através dos seguintes links, você ajuda o blog a continuar seu trabalho!
AMERICANAS SUBMARINO
"Quando enfim abriu os olhos, o garoto parecia suspenso entre dois estados de consciência. Seus pais não tinham nomes para esses estados, mas alguns especialistas em possessão tinham. Eles os chamavam de crise e de calmaria."
pg. 144
Ao longo da leitura nos 'conformamos' que o livro não traz uma história de terror sobrenatural como podemos imaginar à primeira vista, mas sim uma espécie de documentário sobre um processo de exorcismo ocorrido de verdade. Como o processo de exorcismo é longo e demorado, além de ter uma certa burocracia para ser iniciado, o livro acaba por absorver algumas dessas características, e apesar de alguns fatos mais marcantes, principalmente no início, em geral a leitura desenvolve-se de forma lenta e progressiva. Apesar de ser vendido "apenas" como uma história de terror e possessão, é importante lembrarmos que esse livro foi escrito para ser um retrato tão fiel quanto possível dos acontecimentos reais, e, portanto, seu objetivo não é só causar medo, mas servir como registro de um fato, antes que os detalhes se percam pelo tempo. Se vamos acreditar que tudo aconteceu realmente ou foi apenas mais uma história criada para nos impressionar, fica a nosso critério.
"Encontrar o mal fora de uma estrutura religiosa põe à prova a mente racional, sobretudo na era da psiquiatria."
pg. 193
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Este post participa da Dark Season. Para saber mais detalhes e concorrer à um livro da editora Darkside clique aqui.
Diovana,até que enfim li uma resenha desse livro.
ResponderExcluirQuase o comprei na pré venda pelo preço,que estava bom,e pela minha curiosidade.
Masssssss,confesso que fiquei com medo de ter um livro desse dentro de casa. Vai que... Rsrs
Porém me arrependi! Deveria ter comprado e matado minha curiosidade.
Fica para a próxima. :/
Então... tem coisa mais chata do que um livro ser de terror e não dar nenhum medinho??? Acredito que não.
ResponderExcluirQue pena que o livro não funcionou para você - seja pelas expectativas altas ou pela grande divulgação, eu mesma que não curto o estilo estava esperando encontrar uma super resenha, algo que a medrosa aqui teria até medo de terminar de ler...
Mas, não dá para todos os livros serem perfeitos, né?
Beijinhos,
Lica
Amores e Livros
Olá!
ResponderExcluirÉ tão ruim quando esperamos muito de uma obra e ela nos decepciona.
Eu confesso que apesar do interesse estava com medo de ler a obra. Apesar de adorar filmes de terror, O exorcista é um dos poucos que eu não assisto nem que me paguem. Logo, transferi esse meu medo para o livro.
Mas lendo sua resenha, acredito que não será tão aterrorizante quanto eu achei que fosse ser. Apesar de ter desanimado ao ler que foi uma leitura cansativa em alguns momentos, tenho muita curiosidade de conhecer a história.
Beijos.
Li
Literalizando Sonhos
Olá, Diovana.
ResponderExcluirEu sou muito medrosa! E quando li que esse livro é baseado em um exorcismo de verdade, fiquei com mais medo ainda.
Uma pena que o livro tenha sido cansativo para você, ás vezes as descrições de modo excessivo acabam tirando toda a graça da coisa.
Abraços.
Nossa, imaginava que esse livro fosse completamente diferente! Se antes eu não queria ler porque sou medrosa e pensava que seria aterrorizante, agora não quero porque odeio esse tipo de narrativa fria, acho impossível me envolver e provavelmente acharia cansativo do início ao fim, principalmente por conta dessas descrições das religiões e de como acontece o processo de exorcismo.
ResponderExcluirOiee ^^
ResponderExcluirTaí um livro que eu não leria de jeito nenhum...haha' Não gosto de terror nem na ficção, imagine só uma coisa que aconteceu de verdade. Não durmo nunca mais...haha' Mas para quem gosta...
MilkMilks ♥
Realmente é ruim quando esperamos muito de um livro e acabamos nos decepcionando. Que pena! Eu tenho muito interesse em ler a obra, ainda mais por saber que é baseada em uma história real, que medinho! hahaha
ResponderExcluirVou esperar uma promo boa também. :D
beijos
www.apenasumvicio.com
Eu tenho um medo surreal desse livro. Não acredito que é chato :/
ResponderExcluirAcho que vou adiar a leitura dele por mais um tempo ainda. Medo + crítica negativa desanima um pouco... Mas quem sabe um dia eu leia
Nossa achei que ele era horripilante assustava até a alma, pois deve ter nos mínimos detalhes como é um exorcismo, como o garoto sofreu com esses ataques e tudo mais, mas pelo visto deixa a desejar que pena.
ResponderExcluirO autor consegue inserir um certo terror e apreensão ao longo da história, em que a vontade de chegar logo ao final e descobrir se o exorcismo foi bem executado é enorme. Ótima resenha
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