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A COROA - LIVRO 5 DA SÉRIE A SELEÇÃO

Título original: THE CROWN
Autora: Kiera Cass
Tradutor: Cristian Clemente
Páginas: 312
Formato: 14.00 x 21.00


Em A herdeira, o universo de A Seleção entrou numa nova era. Vinte anos se passaram desde que America Singer e o príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria Seleção. Ela não acreditava que encontraria, tal como seus pais, um amor verdadeiro durante o concurso. Mas alguns candidatos conseguem abrir rachaduras nas muralhas que Eadlyn construiu em volta de si mesma, principalmente de seu coração. Aos poucos, os Selecionados se tornam seu porto seguro, ao mesmo tempo que a fazem enxergar como é a vida fora da bolha em que vive.
E ela realmente está precisando: os acontecimentos no palácio obrigam Eadlyn a assumir cada vez mais responsabilidades no governo, e a garota não tem escolha a não ser encarar a rejeição do público. Seu maior desafio é se aproximar do povo, mostrando que se importa e que tem capacidade de governar. Tudo isso enquanto a pressão para escolher um marido só aumenta — e um garoto em particular começa a tomar conta de seu coração.



Mais detalhes sobre o livro físico podem ser obtidos aqui: De Olho no Livro!

O início do livro é meio tenso, após todas as reviravoltas do final do livro anterior. Logo de cara a Seleção passa para a Elite, com apenas 6 candidatos, pois com o frágil estado de saúde de América, Maxon decide nomear Eadlyn como regente, e com o aumento das responsabilidades ela acredita que o melhor a fazer é reduzir o número de candidatos. 
Marid Illéa aparece para fazer uma visita para Eadlyn e começam fofocas de que ele poderia ser um dos pretendentes. Além de ser descendente de Gregory Illéa (que liderou uma revolução e instituiu a monarquia, ou seja, um herdeiro ao trono), Marid tem grande apelo no rádio e televisão e é muito envolvido com política. 
Eadlyn marca mais alguns encontros e um dos pretendentes deixa a competição de uma forma meio ~tosca~. Enquanto isso, ela tenta se adaptar à vida como rainha e pensa em formas de se aproximar do povo, e isso acaba aproximando-a mais de Marid. Vendo como o estado de saúde de seus pais melhorou quando ela assumiu o trono, Eadlyn oferece-se para se tornar rainha de forma definitiva para que seus pais possam descansar e aproveitar um pouco a vida, e aí tudo começa a acontecer: conhecemos o real caráter de alguns personagens, as inclinações amorosas de outros, e no final, quando tudo parecia decidido e certo, Eadlyn escolhe outro pretendente se casar.
Estou tentando ao máximo fazer uma resenha sem spoilers, mas não sei se isso seria possível... Bom, o livro é narrado em primeira pessoa, então conhecemos os fatos apenas pelos olhos de Eadlyn. Como havia mencionado no post anterior, "Lendo...", Eadlyn aparentemente perdeu sua identidade de arrogante e prepotente mimada, e agora está bem mais "humana", mais aberta a compartilhar seus sentimentos e se abrir com as pessoas. Isso seria ótimo se não tivesse acontecido de forma tão brusca como me pareceu. Prefiro personagens que aprendem aos poucos, a cada erro cometido, e não aqueles que mudam da noite para o dia devido à um grande trauma.  De qualquer forma, apesar da mudança dela não se dar da melhor forma (na minha opinião), a relação dela com os garotos melhora bastante, pelo menos com os preferidos. Infelizmente a cena da saída do primeiro da Elite não foi muito explorada. Poderia ser muito mais detalhada, envolver uma boa conversa, questões sentimentais, ideologias ou qualquer outra coisa, mas um simples bate-papo no corredor como foi descrito ficou meio aquém do que deveria/poderia, afinal de contas, estamos falando de uma vida como príncipe-consorte. 
A outra "eliminação" (que poderíamos chamar de voluntariado duplo para sair) também foi muito superficial na minha opinião. É um tema que poderia render muito mais, ser mais explorado e até trabalhado dentro daquele universo, mas foi completamente exposto, compreendido e aceito em uma página. Achei superficial demais.
Marid, o personagem que apareceu do nada, não me inspirou confiança desde o início e não me enganei no final. A solução que Eadlyn encontrou para resolver o problema dele foi bem a cara dela, e o resultado achei que "combinou" com o que esperávamos do livro. Claro que tinha que ser algo radical, mas que felizmente no final saiu como "deveria" com algumas forçadas de barra por parte de alguns personagens.
E claro que, mais uma vez, Kiera veio com grandes revelações no final do livro, deixando uma possível porta aberta para um continuação. De forma geral, acredito que esse poderia ser um livro muito melhor se fosse revisto e reescrito. Os personagens são bons, mas às vezes fogem de sua essência. A história é boa, mas as vezes tratada com muita superficialidade, além do fato que era nítido que quando o capítulo era sobre os encontros da seleção, não se falava em política, ou se era sobre política não se falava em família, por exemplo,e isso deixou a história como um todo muito artificial. Como já havia comentado na resenha da Herdeira, parece que foi um livro feito apenas para vender, e nesse caso ainda pior, foi feito apenas para vender e sem tempo suficiente para a autora rever e reescrever muita coisa. Conectar melhor os fatos e rever algumas contradições faria um bem enorme a esse livro, e a história não precisaria ser mudada em nada, pois no final das contas eu até que gostei do desfecho, exceto pelas pontas soltas que ficaram. Se eu recomendo esse livro? Somente se você tiver muita curiosidade para saber o que acontecerá com Eadlyn ou for super fã da Seleção. Caso tenha lido apenas os três primeiros livros, recomendo parar por aí mesmo, mas se já leu também A Herdeira, então leia A Coroa também. Vai gastar algumas horas do seu dia, mas sanar a sua curiosidade com o desfecho deste conto de fadas (o casal formado é fofo).

Caso tenha se interessado e deseje adquirir o livro, recomendamos essas lojas:
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