TERMINEI DE LER... A HERDEIRA




A HERDEIRA (A SELEÇÃO Vol. 4)
Título original:THE HEIR
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 392
Formato: 14.00 x 21.00



Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.




Esse é o quarto livro da série, e o primeiro protagonizado por Eadlyn, filha de América e Maxon. Logo de cara ficamos sabendo que, mesmo com a abolição das castas ainda há revoltas em várias partes do reino, e essa insatisfação do povo preocupa o rei Maxon. Como uma forma de "distração" para o povo, enquanto planeja uma maneira mais definitiva de acalmá-los, ele sugere que sua filha mais velha passe pela Seleção, uma das tradições do país, agora que ela já está em uma idade adequada. Eadlyn tem 18 anos, assim como seu irmão gêmeo, Ahren, mas por apenas 7 minutos de diferença ela é a herdeira do trono. Possui mais 2 irmãos, Kaden de 14 anos e Osten de 10 anos. Com o decorrer da história percebemos como todos eles são bem unidos, mas é Ahren o seu maior apoio e confidente. Inicialmente relutante, Eadlyn aceita participar da Seleção, pelo bem do país e alegria de seus pais, mas ela já tem planejado várias formas de fazer os pretendentes serem expulsos ou pedirem para sair da competição. Ela pretende continuar solteira e reinar sozinha, não acha que precisa de um marido e a ideia de se apaixonar passa longe de sua cabeça. Quando a Seleção realmente começa ela conhece vários candidatos, e  alguns são excluídos logo nos primeiros dias. Com o passar do tempo, mais candidatos vão sendo eliminados, seja por Eadlyn, seja por seu mau comportamento, e a história se desenrola lentamente até que no final do livro temos alguns momentos de tensão e grandes reviravoltas na vida da família Schreave.
Como já havia mencionado no post anterior (Lendo...), a personalidade de Eadlyn não me agradou nem um pouco, e algumas vezes chega a parecer que ela herdou o temperamento do avô paterno. O julgamento que ela faz da maioria das pessoas com que convive não parece ser digno de uma princesa, e ela também não passa a imagem de alguém que faria de tudo por seu povo e que mereceria ser rainha. Para completar, a frase que ela repete todo dia na frente do espelho não ajudou em nada para que eu gostasse mais dela. Para mim, ela passa a imagem de alguém arrogante e prepotente. O que parece quase inacreditável quando comparado com o temperamento de Maxon e América que conhecemos nos 3 primeiros livros.  Enquanto isso, Ahren se parece bem mais com seus pais, mais centrado e "apaixonado", e graças a grande ligação que tem com Eadlyn ajuda ela a tomar algumas decisões mais sensatas, como por exemplo, aceitar passar pela Seleção, mesmo que com algumas condições.
Quando a Seleção começa, logo nos primeiros dias, Eadlyn faz uma grande eliminação, e dos 35 candidatos, expulsa 11 logo após um primeiro contato, tudo isso porque queria ser mais radical que o pai dela foi, e mostrar que quem manda é ela. Ou seja... só pra se mostrar.  
A história vai alternando momentos de grande infantilidade de Eadlyn com um temperamento frio e arrogante, e os encontros da Seleção não empolgam muito. Lá pela metade do livro, aparentemente, a
autora começa a deixar de lado essa face de Eadlyn e apresentá-la como alguém que é fechada para todos, que não se abre com ninguém por medo de parecer fraca, e mais para o final ela começa a perceber que precisa de alguém ao seu lado na vida, para apoiá-la sempre. Muito clichê.
Se não fosse as reviravoltas do final, deixando inúmeras pontas soltas, principalmente com relação ao futuro dos Schreave provavelmente não me empolgaria a ler o próximo livro. A Herdeira terminou com mais de 20 candidatos ainda na seleção, sendo que Eadlyn, aparentemente, só conhece uns 5 ou 6, pois dos demais não sabemos nem o nome. O problema é que mesmo com esses 5 ou 6 não percebemos um conflito de sentimentos, uma garota confusa, uma pontinha de amor se formando, nem nada do tipo. Os candidatos da Seleção conquistam o leitor por eles mesmos, não pelo par amoroso ou pela história que participam, tanto que os momentos/encontros mais engraçados descritos foram idealizados por eles mesmos, enquanto os que Eadlyn convidou foram muito sem graça, e acabaram com ela fugindo do local para não precisar abrir seu coração ou uma eliminação por mau comportamento, isso quando não foram totalmente artificiais só para os fotógrafos aproveitarem (ok, isso faz parte da história, mas parece que até a escrita da autora perdeu um pouco da empolgação nesses momentos).
Por ser um livro com uma escrita simples, é extremamente rápido de ser lido, e isso me deixa ainda mais com a sensação de que foi escrito apenas para a editora vender mais. Mesmo sem ter lido ainda A Coroa, tenho a impressão que se fossem tiradas algumas partes totalmente desnecessárias e reduzido o espaçamento, poderia ter sido publicado um livro só, e não 2. Acreditem, não é um livro totalmente ruim, o problema é que foi usada a mesma história que deu certo com protagonistas apaixonantes, dessa vez com uma garota sem graça. Talvez se não tivéssemos conhecido a história dos pais de Eadlyn no passado, esse livro pareceria melhor. 

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