Terminei de Ler: A Garota do Calendário - Fevereiro


A Garota do Calendário - Fevereiro
A Garota do Calendário # 2
Autora: Audrey Carlan
Páginas: 135
Dimensões: 14 x 21 cm
Editora: Verus

Ela precisava de dinheiro. E nem sabia que gostava tanto de sexo. O fenômeno editorial do ano e best-seller do New York Times, USA Today e Wall Street Journal
Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato.
A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. 
Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser... 
Em fevereiro, Mia vai passar o mês em Seattle com Alec Dubois, um excêntrico artista francês. No papel de musa, ela vai embarcar em uma jornada de descobertas sexuais e lições sobre o amor e a vida que permanecerão com ela para sempre.



A resenha do mês de Janeiro foi publicada aqui.

Esta resenha não contém spoilers, porém, pode conter revelações sobre o enredo de A Garota do Calendário - Janeiro.


Mia encontra seu novo cliente: Alec Dubois, um artista francês, pintor e fotógrafo, e dessa vez, além de sua acompanhante, Mia servirá também de musa inspiradora.
Alec pode ser considerado um cara excêntrico: intensamente criativo e apaixonado por seu trabalho, o verdadeiro workaholic, porém no fundo um homem sensível e apaixonado. Capaz de arrancar lágrimas em favor de sua arte, e na mesma medida se preocupa em enxugá-las e remediar a dor que pode ter causado. Sua visão do amor é curiosa, e ajudará Mia a passar por mais essa etapa de sua jornada. E, como não poderia deixar de ser, novamente o cliente de Mia é descrito como sendo um 'pedaço de mau caminho', comparado ao Ben Affleck só que mais bonito, com barba e coque.

Enquanto em Janeiro Mia passava a maior parte dos dias de pernas para o ar e na piscina, dessa vez ela precisará trabalhar. Praticamente todos os dias são descritos com seções de fotos, poses e pinturas, onde Mia é a inspiração do artista. É interessante ver o processo de criação das obras de Alec e, pela descrição, a exposição no final deve ter ficado incrível.

A relação entre Mia e Alec é principalmente corporal, e logo no início do livro ela já está "babando" por ele. Neste livro percebemos que a autora se soltou mais, descrevendo as cenas hot com mais detalhes e intensidade do que em Janeiro, provavelmente motivada pela boa aceitação do livro anterior, ou até pedidos nesse sentido.

Porém, conhecemos também um outro lado de Mia, muito mais emotivo e chorão, e algumas vezes isso chegava a ser irritante, pois praticamente não havia motivo para tanta emoção, era quase como se ela estivesse de TPM em alguns momentos, chorando por coisas irrelevantes, ou que, do modo que foram descritas no livro passaram essa impressão.

Neste livro temos uma carga emocional maior que em Janeiro, com Mia saudosa de Wes, discutindo o amor com Alec e até se redescobrindo como mulher, porém como o foco concentra-se exclusivamente em Mia e Alec, acaba ficando meio cansativo às vezes, sendo que apenas ao final do livro Mia recebe ligações de sua tia Millie e sua amiga Ginelle, variando um pouco o ponto de atenção do leitor.

Fiquei com a impressão de que a autora ainda não tinha experiência suficiente para escrever uma série com 12 livros, apesar de serem todos breves, com pouco mais de 100 páginas, pois, pelo menos entre os 2 primeiros livros, o ritmo, enfoque e até o estilo de escrita variaram consideravelmente, quase como se ela ainda estivesse se descobrindo como escritora, fazendo testes e definindo qual seria seu estilo, ou então, foi afetada por acontecimentos externos e deixou isso afetar sua escrita.

Assim como o livro anterior, A Garota do Calendário - Fevereiro recebeu um bom acabamento pela editora e não foram encontrados erros de revisão/digitação. Espero que esse zelo continue por todo restante da série.

Nota: 3,0 - foge um pouco do esperado para o gênero (romance hot) ao conter algumas discussões sobre arte e amor, o que faz valer a pena a leitura.


QUOTES
Mas não era uma namoradeira comum. O encosto era curvado, começando alto em uma extremidade e diminuindo até chegar à outra. Era o tipo de móvel que se vê em filmes românticos antigos, aqueles nos quais a donzela em perigo desmaia sobre ela com a mão na testa e um belo suspiro. Já eu estava rangendo os dentes, pronta para morder qualquer um que tentasse mover minha perna. 
Uma mulher poderia se acostumar a ser olhada como se o mundo ao redor tivesse congelado.
Esse poema me faz lembrar que muitos vão olhar para a minha arte, para as imagens que eu captar ou pintar, e, às vezes, parte da experiência vai acontecer quando alguém captar outra pessoa observando minha arte. Isso muda o que elas veem. Assim, a arte agora é vista com a pessoa em pé diante dela, que se torna parte disso. 
- Por que você não se ama? – Suas palavras me atingiram como uma marreta, deixando um buraco gigante na minha alma.
- Frio? – ele perguntou com um sorriso. Ele sabia que não era, mas gostava de brincar comigo. Tive de admitir que a expectativa do que ele faria a seguir se tornou parte da experiência, e eu estava adorando.
- Assim, eu preciso te amar um pouco para querer estar com você dessa maneira. Mas ainda posso te amar e deixar você livro. Você vai levar o meu amor quando for embora. Para sempre. E esse pedaço do meu amor vai ser seu enquanto você viver.
Naquele momento, jurei a mim mesma que não tentaria me impedir de me importar com cada cliente. Eu me permitiria gostar de cada um do eu jeito. Só não seria o “eu te amo para sempre”. “Para sempre” era algo sagrado, que aconteceria no momento crto, com a pessoa certa.
-Non. Eu me escondo no escuro, me ilumino apenas quando a minha arte está em exposição. É você quem traz luz para a superfície. Você está vendo a sua beleza refletida em mim, a maneira como os nossos corpos se chamam e se atraem. 

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