Terminei de Ler: As Regras da Sedução


As Regras da Sedução 
(Os Rothwells #1)


Autora: Madeline Hunter
Páginas: 272
Edição: Brochura
Editora: Arqueiro

 
SINOPSE: Lorde Hayden Rothwell chega à casa de Alexia Welbourne sem aviso e sem ser convidado um homem poderoso e sedutor, movido por interesses obscuros. Sua visita anuncia a ruína financeira da família de Alexia e o fim das esperanças da jovem de um dia conseguir um bom casamento. Para se sustentar, a moça recebe a proposta de ser dama de companhia de Lady Henrietta Wallingford e preceptora de sua filha. O problema é que a oferta vem do sobrinho de Henrietta, ninguém menos que lorde Hayden.
Morando na casa da tia de Rothwell, Alexia descobre que a proximidade com o homem que destruiu sua família pode ser perigosamente irresistível. Num gesto impensado, ela se entrega a ele, e ambos se veem obrigados a se casar. O que Alexia não sabe é que os atos aparentemente arrogantes de seu belo e sensual marido são motivados por uma dívida de honra que pode levá-lo a sacrificar tudo.
Com tantas mágoas e segredos entre eles, o casal tem tudo para se manter afastado. Mas Hayden é um homem apaixonante e Alexia, a tentação que o faz perder a cabeça. Morando sob o mesmo teto, eles acabam se aproximando e, juntos, vão descobrir um jogo de sedução em que cada um faz as próprias regras.


Quem é vivo sempre aparece! E após um longo tempo sem postar nenhuma resenha, aqui estou eu de volta.
Apesar de ser meu primeiro post no ano, nem vou falar nada sobre metas de leitura e planos para este ano, já que quem acompanhou o blog no ano que passou pôde perceber que falhei miseravelmente nesses planos. Felippe teve um pouco mais de foco e pelo que percebi cumpriu tudo que se propôs a ler.

Se tem algo melhor do que um livro novo, é um livro novo que você termina de ler e gosta muito.
Enfiei o pé na jaca no final de 2017 com o cupom de 20% de desconto na Saraiva (mais 5% no cartão) e comprei uns 20 livros novos (como se eu já não tivesse suficientes não lidos na estante).
Na realidade comprei 4 coleções de romances de época então minha dúvida na hora de começar a leitura diminuiu bastante, já que obviamente eu começaria pelo primeiro livro de alguma das coleções. E o escolhido foi.... As Regras da Sedução, de Madeline Hunter.

Uma das primeiras coisas que precisam ser ditas é que a sinopse da capa não faz jus ao livro. Ela dá a entender que ele será apenas mais um romance de época, com um nobre bonito e poderoso, uma mocinha nem tão bonita mas que o deixa enfeitiçado e uma série de convenções sociais e problemas de casal para serem resolvidos, mas não é bem assim. Os clichês ainda existem é claro: Lorde Hayden Rothwell é lindo, poderoso, dono de uma fortuna própria (além da herdada da família) e não tem planos de se casar tão cedo. Alexia Welbourne é dona de encantadores olhos cor de violetas, mas não possui fortuna ou qualquer outro atrativo que atrairia um nobre rico para um casamento de conveniência. Mesmo assim o destino se encarregou de uni-los apesar das circunstâncias, e podemos dizer que os clichês param por aí.

Geralmente faço um resumo rápido da história, mas nesse caso, qualquer revelação que eu faça antecipadamente pode estragar a leitura, já que uma das melhores jogadas da autora foi ir revelando as coisas aos poucos, sem grandes plot twists, mas com uma sensação contínua de que ainda falta algo a ser revelado. Nem preciso dizer que para uma pessoa curiosa como eu, é o suficiente para passar a noite toda lendo.
O ponto principal da narrativa não é, pasmem, o desejo desmedido de Hayden por Alexia, ou as sensações que ele causa nela. Temos aqui algo mais do que apenas um romance, o que é extremamente bem vindo e motiva todo o desenrolar da história. Quando lemos, não estamos apenas esperando pelo final feliz do casal, mas precisamos saber o que aconteceu na realidade com o banco onde Ben*, e posteriormente Tim eram sócios e como isso afetou outras pessoas. (*Ben, Tim, Rose e Irene são primos de Alexia, e com quem ela morou após o falecimento de seus pais).

A princípio essa estratégia de revelar as informações aos poucos pode deixar-nos meio perdidos na leitura, até sem saber direito em quem confiar, mas aos poucos as coisas vão clareando e a história toda se desenvolve em um ritmo muito bom. Percebemos um grande talento narrativo da autora, não apenas nas cenas românticas, mas também (e talvez principalmente) em apresentar situações e características que tornam os personagens tão reais quanto possível. É visível também a influência que Madeline Hunter teve de Jane Austen ao criar algumas personagens femininas neste livro, principalmente inspiradas em Orgulho e Preconceito.

A Editora Arqueiro, como sempre não decepcionou e fez um belo trabalho de revisão ortográfica, deixando passar pouquíssimos erros. Além disso, a capa possui um charme a mais com o verniz localizado em temas florais e não apenas no título ou nome da autora. E apesar de eu não ser muito fã de fotos de pessoas na capa dos livros, tenho que admitir, que pelo menos a modelo da capa não possui características totalmente diferentes das personagens como acontece em muitos casos(me refiro à nova capa, essa da imagem aí em cima. Antes dela, a capa apresentava uma moça loira).

Esse é um livro que certamente recomendo, principalmente para quem não tem por hábito ler romances de época, já que ele não foca totalmente no romance e traz muitas informações extras, como por exemplo, como funcionavam os títulos e rendimentos nos bancos da época.


Notas: Capa 4,5/5; Ideia 5/5; Personagens 5/5; Desenvolvimento 4,5/5, Conclusão 4,5/5; Revisão 4,5/5


QUOTES


(...)Más noticias mudam o mundo em um segundo. Mudam o ar. O coração humano pressente que o sofrimento está chegando com tanta certeza quanto um cavalo percebe uma tempestade que se aproxima.

- A vida seria mais gratificante se tivesse algo constante que lhe interessasse. (...) A paixão torna a vida excitante nos poucos meses que dura.

Ele a olho direto nos olhos, como sempre, só que agora seu olhar refletia aqueles beijos. Agora seria sempre assim. Dar liberdades a um homem criava uma familiaridade que minava de uma vez por todas qualquer formalidade.

O que nos torna humanos é a capacidade de sermos racionais. Os gregos já sabiam disso, mas esta é uma lição que os homens esquecem, colocando-se em risco. A paixão tem seu lugar, mas é a mente que deve comandar seus atos. As emoções levam a impulsos que destroem a honra, a fortuna e a felicidade.

Não há logica no amor, nenhuma equação matemática que o comprove, então Hayden conclui que o amor não existe.

Suas perguntas só tinham proporcionado uma chuva de preocupações que permitiram que sementes dormentes germinassem e crescessem.

-Dizem que só Vênus para domesticar Marte.

Quando não se pode mudar algo, quando não se pode vencer, a rebeldia só leva a mais infelicidade.

- Se uma poesia infinita o aguarda nestes cômodos, talvez estranho seja o fato de você chegar a sair daqui.
 

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