Sinopse: Reúne 4 histórias da série Divergente - bestseller mundial com
mais de 21 milhões de exemplares vendidos - contadas da perspectiva do
personagem Tobias Quatro, e três cenas exclusivas.
A coletânea Quatro: Histórias da série Divergente oferece aos fãs da saga criada por Veronica Roth a chance de conhecer melhor a personalidade de um personagem fascinante e complexo, além de mergulhar mais fundo na sociedade dividida em facções criada pela autora.
Divergente chegou aos cinemas com Shailene Woodley e Theo James nos papéis principais.
A coletânea Quatro: Histórias da série Divergente oferece aos fãs da saga criada por Veronica Roth a chance de conhecer melhor a personalidade de um personagem fascinante e complexo, além de mergulhar mais fundo na sociedade dividida em facções criada pela autora.
Divergente chegou aos cinemas com Shailene Woodley e Theo James nos papéis principais.
Primeiramente devo ressaltar que já faz um tempo razoável que li Divergente, Insurgente e Convergente, talvez cerca de uns 2 anos. Dessa forma, fico relativamente impossibilitada de fazer uma comparação entre o modo de escrita ou a voz usada pra os personagens em cada livro, pois apesar de me recordar bem da história não me apeguei o suficiente ao tipo de narrativa empregada. Partindo disso, é quase como se essa fosse uma resenha de alguém que talvez ainda não tenha lido os outros livros.
O Livro Quatro, escrito por Veronica Roth, publicado no Brasil pela Editora Rocco reúne 4 histórias e 3 cenas contadas pelo ponto de vista de Quatro. Três dessas 4 histórias se passam antes de Tris entrar para a Audácia, retratando a própria Transferência de Tobias Eaton e sua Iniciação na Audácia como Quatro, e a ultima história se passa durante o livro Divergente, então é uma história que quem já leu o primeiro livro da trilogia já conhece, mas que agora vai ter a oportunidade de ver de um outro ponto de vista. As outras 3 cenas são extremamente curtas e tratam basicamente da relação de Tris e Quatro: como se conheceram no primeiro dia de Tris na Audácia e como foram se conhecendo com o passar do tempo.
Se eu for detalhar cada um dos "contos" ou cenas, vou contar a história toda, com spoilers e tudo, e por isso decidi fazer um outro tipo de reflexão sobre isso.
Um tempo depois que eu já havia lido Divergente, Insurgente e Convergente, vi um vídeo no youtube da Tati Feltrin, uma booktuber que admiro muito e sempre pego indicações de livros, fazendo duras críticas à trilogia, por tratar-se de uma história já abordada por (se não estou enganada) George Orwell e que, por se tratar de um livro YA (young adult - livro juvenil) necessariamente teve que ter um "casalzinho". Não li ainda o livro que ela mencionou conter a ideia principal de Divergente, mas de certa forma, concordo com ela sobre a parte de que os livros YA tenham sempre um casal e protagonistas que inspirem admiração ou adoração dos jovens. De fato, muitas vezes os casais presentes nos livros acabam por desviar o foco principal da história, e ao invés de, ao terminar o livro, o leitor formar uma opinião crítica sobre o tema tratado (nesse caso, a sociedade em que vivem) acabam fantasiando sobre a vida e o destino dos personagens, se ficariam juntos, como eram antes de se conhecerem, etc. Idolatrando personagens fictícios e esquecendo de que os livros deveriam servir, além de uma forma de entretenimento, para ajudar a formar opiniões críticas e analisar a sociedade real, confrontando-a com a fictícia e analisando pontos de semelhança e diferenças.
Além disso, acredito que dificilmente um autor pode escrever uma história e depois alterá-la para agradar a mídia mantendo a mesma qualidade inicial. Em algum lugar no meio desse processo algumas partes acabam se perdendo e a ideia inicial é desviada. E no caso específico de Divergente cheguei a pensar o romance descrito beirou a indiferença de algum dos personagens. Explico: romances em livros tendem a fazer com que os personagens envolvidos pensem e se preocupem com seu par em praticamente todos os momentos, e mesmo que não esteja explícito no texto, ainda sabemos que eles são um casal. Em Divergente cheguei a duvidar várias vezes se o casal em questão era realmente um casal, se estava junto ou não. Não estou analisando a necessidade de se ter um casal na história ou não, mas a questão de se esse casal fez alguma diferença na história. E sinto em dizer, no caso da Trilogia Divergente, deu-me a impressão de que a história foi toda escrita individualmente e depois algumas partes alteradas para formar um casal para o simples apelo na mídia, idolatração pelos leitores e vendas de mais exemplares de livros, e é aí que se enquadra o livro Quatro, na minha opinião: desnecessariamente publicado após o sucesso da trilogia, tanto que nem possui uma sinopse decente. Ao invés disso, exalta os atores que interpretaram o casal no filme e o número de cópias vendidas dos primeiros livros.
É um livro ruim? Não, apenas desnecessário para a compreensão da história ou das personagens contidas nos demais livros.
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