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Trilogia - o Inferno de Gabriel


Andei meio sumida do blog esses dias, mas foi por um bom motivo: estava lendo!

Tipo assim, eu meio que fiquei obcecada curiosa para terminar de ler essa trilogia, pq achei muito... muito... fofa (é, não achei outra palavra rsrs).

É uma trilogia da Editora Arqueiro, muito bem feita, acabamento ótimo, e capas lindas (menos a do ultimo livro, que apesar de seguir o mesmo estilo, a modelo da foto, que deveria se parecer com a protagonista, tem franja e cabelos lisos... e eu passei o livro inteiro lendo sobre os cachos do cabelo da Julia ;(
Bem, então vamos às minhas considerações: Sim, pode-se dizer que é um livro 'adulto', desses q estão 'na moda' ultimamente, mas nem chega perto das trilogias 50 Tons de Cinza ou Crossfire. É muito mais sutil nessa parte, e concordo com o que li em alguns outros blogs: enquanto os livros da 50 Tons são bem mais sexuais, o Inferno de Gabriel é muito mais sensual. De resto até que é bem parecido: a mocinha classe média, recém formada (nesse caso, iniciando o mestrado) se apaixona pelo lindo-milionário-atormentado, e a história segue por aí.

No primeiro livro eles 'lutam' para ficar juntos. Tem o amigo da mocinha apaixonado por ela, tem a outra aluna se jogando no professore tem o passado conturbado dos dois. Mas no ficam eles ficam juntos (em todos os sentidos, rsrs). No segundo livro, brigam, passam boa parte do livro separados e sofrendo (no melhor estilo Lua Nova (Crepúsculo), com direito a melhor amigo apaixonado se declarando e tudo) mas se acertam no final e acabam até casando. E no terceiro livro tem mais uns problemas para resolver, brigas de casal (quase sempre por causa dos segredos), pessoas que são contra essa união, opiniões para discutir e tal, antes de ficarem juntos e felizes para sempre. Até aí, tudo igual aos outros do gênero, e (quase) nem valeria a pena ler, porém, o/a autor(a) conseguiu colocar elementos da Divina Comédia, de Dante ALiguieri, no meio, misturou a história de ~pessoas normais~ com personagens desse clássico, com declarações de amor lindas e mais outras coisinhas para se pensar no meio. No fim, além de ter uma história de amor muito bonita, esses livros podem servir de inspiração para casais apaixonados, ou pedidos de desculpa.

Outra coisa que notei foi que o autor amadureceu junto com os personagens, ou pelo menos mudou um pouco o estilo. Parece que ele se sentia mais a vontade em descrever as cenas mais quentes do casal no ultimo livro, e abordou mais problemas conjugais do que qualquer outra coisa, tanto que em algumas partes tive a sensação de que ele tinha se esquecido de alguns personagens. E essa mesma sensação de esquecimento eu tive no final. esperava que o destino de alguns personagens fosse mais explicito (sim, reconheço, tenho um problema com finais de livros). De qualquer forma, acho válido ler esses livros, pois mesmo com todos os problemas pessoais dos personagens, algumas questões são resolvidas de modo que podem auxiliar outras pessoas, tipo, quase um livro de auto ajuda para casais rsrsr.

Não tenho uma lista muito longa de livros que pretendo reler algum dia, mas essa trilogia faz parte dessa lista. LEREI NOVAMENTE, com certeza, por isso dou uma nota entre 8 e 9 (mais perto de 9, rsrs)  ;)

Resenha: O Projeto Rosie




Finalmente eu li o meu Projeto Rosie. E, contrariando minhas expectativas iniciais, ele não é um livro tão "bobinho" assim. Pode ser classificado como intermediário entre YA e Chick lit, puxando mais pro chick lit mesmo. A personagem principal, Don, é um geneticista e professor universitário de 39 anos com alguns problemas de relacionamento social. Na verdade o livro não deixa explícito, mas tudo leva a crer que ele tem algum tipo de autismo ou síndrome, e durante o desenrolar da história, ele vai desenvolvendo suas capacidades de relacionamento com outras pessoas, em especial com Rosie, candidata a phD em psicologia. 
Logo no inicio do livro somos apresentados à rotina demasiadamente programada de Don, a qual teve que ser redefinida de ultima hora para que ele pudesse fazer um favor para seu melhor amigo Gene (com o qual, diga-se de passagem, não simpatizei nem um pouquinho). Disso tem início o Projeto Esposa, onde Don resolve distribuir questionários às mais variadas mulheres a fim de facilitar a escolha da esposa ideal. Por um acaso acaba conhecendo Rosie, a qual não se encaixa nesse questionário de forma nenhuma, porém, por conta de um outro projeto em comum, eles começam a conviver e a passar pelas mais variadas situações cômicas (pelo menos pra quem esta lendo).
Na verdade o livro é até que bem previsível na maior parte do tempo, a irreverencia, digamos assim, fica por conta de Don e suas reações e respostas ao interagir com as mais variadas pessoas que lhe são apresentadas, pois seu ponto de vista é meio peculiar, normalmente dispensando as emoções e atendo-se somente à lógica. Após passar por uma série de situações inusitadas, ele decide que é hora de se adequar ao que a sociedade espera dele, coisa que até então não o incomodava muito, pois desde criança já havia se acostumado a ser o alvo de risadas da turma. Essa mudança de hábitos da personagem é um assunto delicado, pois de certa forma acaba apoiando o fato de que todos devem seguir as normas sociais, e se importar com o que as outras pessoas pensam. Felizmente nesse livro isso foi feito de forma muito sutil, uma vez que quando Don se deu conta, já havia percorrido boa parte desse caminho antes de realmente perceber e decidir que queria mudar. Ao invés de seguir a sequencia: decidir->mudar, ele seguiu uma sequencia mais ou menos como mudar->perceber>decidir continuar mudando, o que foi um  ponto positivo, a meu ver. Considerando tudo isso, penso que esse livro merece um nota entre 7 e 8, pois apesar de previsível a maior parte do tempo, no final acaba dando uma "agitadinha" e também tem uma leve "pegada social"
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